sexta-feira, 16 de abril de 2010

Amor platônico = Charlie Brown e a garotinha ruiva...

O amor platônico, todo romântico sabe, é aquele que nunca se concretiza. "Platônico" vem de Platão, justamente porque o filósofo grego acreditava na existência de dois mundos - o das idéias, onde tudo seria perfeito e eterno, e o mundo real, finito e imperfeito, mera cópia mal-acabada do mundo ideal.
Quem nunca sentiu a dor no peito de um amor não realizado, de um sentimento não correspondido e mesmo assim idealizado dentro do peito? Quem é aquele que já confundiu o sentimento amor com o sentimento de uma amizade profunda e insubstituível? Vários de nós...
Estava passeando por belas obras nos blogs por ai, e me deparei com um texto ótimo sobre o maior símbolo do “amor platônico” já existente, “Charlie Brown e a garotinha ruiva”. “De todas as criações de Charles Schulz , nenhuma foi tão marcante quanto a garotinha ruiva, símbolo-mor de todos os amores sonhados, queridos e nunca concretizados.”
“Pobre Charlie Brown. Todos nós sentimos compaixão por ele, porque ele simboliza todas as nossas frustrações, inseguranças e fracassos na vida. O que dizer de alguém que não recebeu um cartão sequer no Dia dos Namorados, jamais conseguiu fazer voar uma pipa porque todas enganchavam em alguma árvore, nunca ganhou um jogo de beisebol (e nem chutar as bolas seguradas pela Lucy) e, principalmente, jamais teve coragem para falar com a garotinha ruiva e confessar o seu amor?”


"Mas o amor não existe para fazer a gente feliz?", pergunta Charlie Brown em uma tirinha... e respondemos que nem sempre que nos entregamos a este maravilhoso/insuportável sentimento, somos felizes, é o que idealizamos, mas nem sempre é o que acontece e nunca acontece quando este sentimento não é correspondido.
Nesta “trama” desse delicioso desenho em tirinha ou em vídeos, ou como na “Quadrilha” de Drumont ou ainda na música de Chico “flor da idade” não poderia ser diferente entre os personagens: “Sally ama Linus que ama sua professora; Lucy ama Schroeder que ama Beethoven; Patty Pimentinha ama Charlie Brown que ama a garotinha ruiva. E, assim como Linus aguarda em vão pela chegada da Grande Abóbora”, a turma do Snoopy ama platonicamente.
Só não vale se enganar, acreditando que esse amor inatingível é o amor de sua vida, ou fazer sofrer uma terceira pessoa que está nesta estória sem ter conhecimento de que é fingidamente amada com fervor; mas os apaixonados, mesmo que platonicamente, podem não ter real razão da dor que podem causar ou da dor que estão se submetendo. O "impossível" pode ser doce, mas pode ser amargo como fel.
Nós, que somos leitores e espectadores voyeurs da obra de Schulz, rimos com suas histórias. E no entanto esse sorriso é banhado por melancolia, porque todos nós já tivemos um momento Charlie Brown em algum instante de nossas vidas.”


Que fique bem claro uma coisa: Nada de saudosismos; pois sou feliz e realizada sentimentalmente. Amo muito e creio ser correspondida.Abraços queridos

“Fonte” : http://www.interney.net/blogs/inagaki/2007/04/03/charlie_brown_e_a_garotinha_ruiva/