Sempre gostei muito de MPB, quando tinha 10 anos ganhei um LP da Elba Ramalho, e ficava o dia todo ouvindo: “Canta, canta passarinho, canta,canta miudinho na palma de minha mão, quero ver você voando quero ver você cantando na palma de minha mão...”
Já ouvia outras “amostras” como: Chico (Cálice, A Ópera do Malandro, Fantasia), Gil (Realce, Se eu quiser falar com Deus), Gal (Meu nome é Gal, Olha, Aquarela do Brasil), Caetano (João e Maria, Cajuína, Lua de São Jorge), Maria Betânia (Grito de Alerta, Mel, O que é o que é?), e outras tantas riquezas de lembranças preciosas; mas um disco (LP) me chamou a atenção mais que os outros, foi o LP da Maria Bethânia de 1977 PÁSSARO DA MANHÃ
Muitas canções que até hoje são cantadas e lembradas como: Começaria tudo outra vez, Terezinha e Tigresa; todas maravilhosas e com um encanto inesquecível, mas destas riquezas, um texto e uma música ficaram gravadas em minha memória, e juro a você, nunca me esqueci de uma palavra sequer; é o texto de Fauzi Arap que tem como continuação a interpretação única de Jeito estúpido de amar. SIMPLISMENTE INESQUECÍVEL .
Vou deixar com você este poema e esta canção.
"Eu vou te contar que você não me conhece,
e eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não
me ouve.
A sedução me escraviza a você
Ao fim de tudo você permanece comigo, mas prezo ao que
eu criei e não a mim.
E quanto mais falo sobre a verdade inteira
um abismo maior nos separa.
Você não tem um nome, eu tenho.
Você é um rosto na multidão e eu sou o centro das
atenções.
Mas a mentira da aparência do que eu sou,
e a mentira da aparência do que você é
Porque eu, eu não sou o meu nome,
E você não é ninguém
O Jogo perigoso que eu pratico aqui
ele busca chegar ao limite possível de aproximação
através da aceitação da distância e do reconhecimento
dela
Entre eu e você existe a noticia
que nos separa
Eu quero que você me veja nu
Eu me dispo da noticia
e a minha nudez parada
te denuncia e te espelha
Eu me delato
Tu me relatas
Eu nos acuso e confesso por nós
Assim me livro das palavras
Com as quais
Você me veste."
e eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não
me ouve.
A sedução me escraviza a você
Ao fim de tudo você permanece comigo, mas prezo ao que
eu criei e não a mim.
E quanto mais falo sobre a verdade inteira
um abismo maior nos separa.
Você não tem um nome, eu tenho.
Você é um rosto na multidão e eu sou o centro das
atenções.
Mas a mentira da aparência do que eu sou,
e a mentira da aparência do que você é
Porque eu, eu não sou o meu nome,
E você não é ninguém
O Jogo perigoso que eu pratico aqui
ele busca chegar ao limite possível de aproximação
através da aceitação da distância e do reconhecimento
dela
Entre eu e você existe a noticia
que nos separa
Eu quero que você me veja nu
Eu me dispo da noticia
e a minha nudez parada
te denuncia e te espelha
Eu me delato
Tu me relatas
Eu nos acuso e confesso por nós
Assim me livro das palavras
Com as quais
Você me veste."