quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Rir é mesmo muito bom.

Estava por estes dias lendo novamente um pequeno e muito bom livro de Mario Prata “O Diário de um Magro”, um livro que se pode ler em algumas horas, mas que deixa seu humor MUITO melhor depois que acaba, e é mesmo uma pena quando ele acaba. Resolvi reler durante os poucos momentos de folga no trabalho, e recebia vários olhares (na verdade todos os olhares) de curiosidade quando eu gargalhava em alguns momentos.
Um exemplo é um texto que ele havia publicado inicialmente em sua coluna no jornal O Estado de São Paulo.
Se deleitem também.
Você é um Envelhescente?

Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.
Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 45 e os 65), existe a ENVELHESCÊNCIA.
A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso:

— Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você? Notadamente na bunda?
— Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos.
— Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os envelhescentes querem falar mais lentamente.
— Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos...
— Os adolescentes não têm idéia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso. — Ninguém entende os adolescentes... Ninguém entende os envelhescentes... Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas.
— Às vezes, um adolescente tem um filho: é uma coisa precoce. Às vezes, um envelhescente tem um filho: é uma coisa pós-coce.
— Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. "Ninguém me entende" é uma frase típica de envelhescente.
— Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também a contragosto, idem.
— O adolescente adora usar uns tênis e uns cabelos. O envelhescente também. Sem falar nos brincos.— Ambos adoram deitar e acordar tarde.
— O adolescente ama assistir a um show de um artista envelhescentes (Caetano, Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente (Rita Lee).
— O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício.
— Ambos bebem escondido.
— Os adolescentes fumam maconha escondido dos pais. Os envelhescentes fumam maconha escondido dos filhos.
— O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente quando dá uma a cada três dia, está mentindo.
— A adolescência vai dos 10 aos 20 anos: a envelhescência vai dos 45 aos 60. Depois sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.
— Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:
— É um eterno envelhescente!
Que bom.

Sem nada a acrescentar...

Beijinhos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Que tal arriscar???



Estive “fora do ar” por quase 3 meses, e peço perdão se me distanciei, mas foi por pura falta de tempo e até mesmo falta de inspiração... Fui recenseadora do IBGE por dois meses e ai veio a correria do casamento, que mesmo não tendo absolutamente nada de “fru-frus” e nenhuma festinha, deu um trabalhão para minha cabeça (rsrsrs). Isso sem contar as coisinhas do dia a dia, meu trabalho... foi demais. Hoje é meu último dia de folga depois de sete dias em casa, foi bom demais e pena que acabou, mas agora quem sabe meu tempo se estenda um pouquinho e eu possa estar vindo até aqui com mais freqüência.

Nas ultimas três semanas eu estava ficando um tanto maluca, mesmo sabendo que nada estava para mudar significativamente dentro do que eu já estava vivendo, mas era mais forte do que eu, mil perguntas que eu me fazia quando estava sozinha comigo (e são raros estes momentos)... estranho não é? Mas chegou uma hora em que eu tinha que decidir e vi que mesmo com mil perguntas sem respostas eu tinha que seguir, tinha que me arriscar.
Li em um livro o seguinte texto: "Quem não arrisca nada, não faz nada, não tem nada e não é nada, preso as suas certezas e vícios é um escravo, apenas o homem que arrisca é livre"Pois é... A incerteza, o "será que vai dar certo?", o medo da dor, medo da rejeição, medo da solidão, não querer ouvir o que se tem medo de ouvir, ver o que não se deseja ver, medo de ouvir um sonoro NÃO ou de ver decepção em um olhar tão querido... Tudo nos leva a não arriscar nada.
Nossa vida está estagnada, sem "brilho", sem novidades e sem um motivo que nos faça querer continuar a seguir em frente; e nem temos a motivação necessária para tentar mudar.
É exatamente nesse ponto em que deixamos nossos sonhos se perderem ou que “simplesmente” abrimos mão deles.
Vale a pena não partir para o desconhecido? Vale a pena ficar com a sensação de vazio e a certeza de que foi covarde?
Vou lhes dar o texto com alguns comentários, e se for bom prá você em algum momento, valeu a pena escrever até aqui.
“A vida é uma opção e cabe a você fazê-la. Você pode vivê-la contente ou triste. Pode ser tonto. Pode ser muito sério. Mas assuma toda a responsabilidade pela sua opção.
Se estiver aborrecido, se estiver com medo, se não gostar da vida que leva, saia dessa! Quem disse que você tem que ficar aí? Contanto que o seu coração e a sua mente estejam funcionando e o seu espírito animado, pode adotar a vida que quiser. Pode escolher. Crie uma nova. A partir de amanhã as coisas vão ser diferentes. E, depois, faça acontecer, pois só acontece em atos. Falar sobre alguma coisa é apenas o começo. A percepção é apenas a metade da solução. O resto é sair e fazer.
Escolha o modo de vida. Escolha o modo de amar. Escolha o modo de se interessar. Escolha o modo de esperar. Escolha o modo de crer no amanhã. Escolha o modo de confiar. Escolha o modo da bondade. Cabe a você. A escolha é sua. Você também pode escolher o desespero. Também pode escolher o sofrimento. Também pode escolher tornar a vida incômoda para os outros. Também pode escolher o preconceito. Porém, pra quê? Não faz sentido. É apenas autoflagelação. Mas eu lhe aviso que, se resolver assumir plena responsabilidade por sua vida, não vai ser fácil, e você vai ter que aprender a se arriscar de novo.
Quero ler-lhes isso:
 "Rir é arriscar-se a parecer tolo”
E daí? Muitas vezes digo que as pessoas me consideram um doido. Biruta é o que eu sou! Mas estou-me esbaldando, enquanto a pessoa sensata está morrendo de tédio.

"Chorar é arriscar-se a parecer sentimental”.
Não tenho medo de chorar. Choro o tempo todo. Choro de alegria, choro de desespero. Choro quando vejo gente feliz. Choro quando vejo pessoas se amando. Não me importa parecer sentimental. É difícil. Gosto disso, limpa os meus globos oculares.

 “Estender a mão aos outros é arriscar-se a se envolver”.
Que outra coisa na vida é mais importante do que se envolver? Não me quero postar numa ilha sozinho. O simples fato de vocês e eu estarmos juntos significa que fomos criados para sermos assim. Vamos dar um jeito de fazer disso uma ocasião alegre.

“Mostrar os seus sentimentos é expor a sua humanidade”.
Bom, fico contente de expor a minha humanidade. Há muitas coisas piores do que expor a minha humanidade.
“Expor suas idéias e sonhos diante do povo é arriscar-se a sua perda”.
Tudo bem. Não se pode acertar sempre. E não se pode ser amado por todos. Sempre haverá alguém que dirá: “é um chato. Vamos, Mabel, já basta disso. Vamos para casa”. E, sabem, isso é bom é é válido. Não se pode ser amado por todos, isso é um fato.

“Amar é arriscar-se a não ser amado”.
E isso também pode ser. Você gosta de amar, e não de ter alguma retribuição, senão não é amor.
 “Esperar é arriscar-se à dor”. E:
                                
 “Tentar é arriscar-se ao fracasso”.
Mas os riscos têm que ser corridos, pois o maior perigo na vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca não faz nada, não tem nada e não é nada. Pode evitar o sofrimento e o pesar, mas não pode aprender, sentir, mudar, crescer, viver ou amar. Acorrentado por suas certezas e vícios, é um escravo. Sacrificou o seu maior predicado, que é a sua liberdade individual. Só a pessoa que arrisca é livre.
Livro Vivendo Amando e Aprendendo (Léo Buscáglia)
Eu arrisquei por algumas vezes esses anos, errei por vezes e acertei na maioria, com uma boa pitada de medo, e na última vez que arrisquei, arrisquei para dar certo, e que seja para sempre...
Beijos e até já...